Davas-me a mão e eu ficava bem. Mesmo com o pó daquela casa que é da minha história e que tu nunca vais conhecer. Eu estendi-te a mão e tu não a agarraste. Era tão simples. Mas não quiseste. Foi só aquele momento. Depois já estava na rua outra vez. Perdida. Não te via. Via rostos que não queria ver e que as luzes mostravam. Conhecia-os. Mas não os queria ver. Procurava mais. Tentava que os meus olhos lessem nas sombras o caminho de volta. Procurava-te de mão estendida, sem saber que esse instante havia passado. E que tal como a casa estava gravado apenas na minha memória.
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