Thursday, August 10, 2006

Reencontro

Procuro-te. Teimo em querer encontrar-te. Procuro-te. Nas caras estranhas que me olham, nos olhos que me encontram e ignoro. Quero reencontrar-te, reconhecer o que tu eras, sentir os teus dedos frios a afastarem-me a franja rebelde dos olhos. Uma e outra vez. Só mais uma vez. Mas, sei que não reconheceria o toque, porque foi outra afinal que tocaste. Outra que poderias reencontrar. Não eu. Não o que sou hoje. Não te reconheço. Não de reencontro. Apenas porque, eu, nunca te conheci.

Ombros

Tem os ombros doces de mel, de pele lisa e brilhante, ligeiramente suada. Tem uns ombros que são meus, porque neles e só neles as minhas clavículas encaixam, porque o suor que os cobre tem o travo da minha saliva.