Tuesday, May 09, 2006

Misturou o seu nome com sangue, com o copo partido vazio já do alcóol que lhe acordou a mente. Chorou. O Mundo surgira de novo, na mancha de sangue que ela, apenas com um olhar, evocara. Cheirava a ferro e a carne exposta ao sol na praia apinhada. Estavam todos lá. Códigos infinitos de DNA humano exposto ao Sol. O mar, revoltado com a maré vermelha que o tingia, tentava apanhá-la. E ela corria. Fugia. Dele. Para ele.

Tuesday, May 02, 2006

Somniu

Passos leves, mansos até, não fosse a velocidade vertiginosa com que calcorreiam o corredor largo. Passos leves, mansos até, que fazem do meu o seu mundo que me querem mostrar o Mundo como eu o via, como ele era. Passos leves, mansos até, que me trazem beijos doces e lambuzados de palavras que não existem mas que já as disse, já todos as dissemos, palavras que esquecemos, foram esquecidas, ganharam os contornos banais do mundo real. Passos leves, mansos até, com que sonhei hoje, que já fui ontem e que espero que esperem por mim amanhã.